domingo, 18 de maio de 2008

INSTITUIÇÃO FAMILIAR




O Antigo Testamento entende o matrimônio como instituição social, na qual se realiza de uma forma duradoura a relação entre homem e mulher, com a finalidade da procriação e do sustento econômico dos membros do grupo familiar. Independente da sua forma cultural, matrimônio e família pertencem à criação de Deus, são abençoados por ele e instrumentos da sua promessa de conservar a humanidade como espécie no mundo pecaminoso (Gn 9.8-17) e da sobrevivência do seu povo (Gn 15.4-5).
A instituição familiar é muito importante na formação e desenvolvimento de uma pessoa, é nela que nos humanizamos. Se valorizarmos esse relacionamento e esse sentimento, vamos transmiti-los aos nossos filhos. No entanto, a instituição família tem recebido pouco investimento das pessoas, até pela falta de sentido que a reveste nos dias de hoje, em que o consumismo reina soberano e até as leis ajudam na sua destruição. A instituição social mais tem colaborado na extinção do que na promoção da família.
Até os anos 1960, casar, criar filhos era um projeto de vida, agora, tal projeto ficou relegado a um plano secundário e, praticamente, perdeu o sentido, como perderam o sentido os valores a longo prazo. A família patriarcal, com o pai dando todas as ordens, já não é preponderante, inclusive porque nas favelas, principalmente, há falta de homens de 14 a 25 anos, que são mortos de maneira violenta , fazendo com que a mulher assuma as duas funções, paterna e materna. A ausência da figura paterna é muito freqüente e está associada à falta de limites e ao desenvolvimento de padrões alterados de conduta, acrescenta-se a tal situação que, com a tecnologia altamente desenvolvida a que temos acesso nos dias de hoje, tudo fica bonito e veloz, mas, dentro de casa, onde estão os sentimentos? Onde está o espaço do diálogo entre os familiares? A grande chave do relacionamento familiar é poder amar de verdade e converter isso em ação.
Durante séculos, a família patriarcal foi a organização familiar básica do povo brasileiro. Podemos dizer, que, ao lado da Igreja, a família patriarcal foi a mais forte instituição brasileira até o começo do século XX. Foi dentro do universo patriarcal que muitos brasileiros, ao longo de nossa história, foram criados.
Isso significa que, por cerca de quatrocentos anos (do século XVI ao princípio do século XX), a cultura patriarcal marcada pela nítida predominância do individual sobre o coletivo , foi o grande modelo de vida para os brasileiros.
Antes submetida ao poder absoluto do patriarca, a família encontra-se, na atualidade, profundamente regulada por normas de ordem pública. Os interesses de ordem individual e privada cederam espaço a uma regulamentação marcada pelo interesse público. O coletivo, no campo da ordenação jurídica do Direito de Família, excedeu o individual.
O casamento indissolúvel foi rompido com a promulgação da Lei do Divórcio (Lei Federal 6.515, de 26 de dezembro de 1977). Com o aparecimento, por sua vez, da Constituição Federal de 1988 (artigos 226 e seguintes), o Direito de Família foi substancialmente modernizado. A igualdade quanto aos direitos e deveres referentes à sociedade conjugal é um dos pilares sobre os quais se sustenta o novo Direito de Família. Permite-se, atualmente, o divórcio direto, após comprovada separação de fato por mais de dois anos.
Constata-se que a iniciação sexual da juventude já acontece na pré-adolescência. Disto resultam: gravidez precoce, mães adolescentes e solteiras, uniões instáveis e sem respaldo econômico, prostituição juvenil, mas lembra-se também que muitos avós assumem a tutela destas crianças. A família modifica-se constantemente e, por sua vez, modifica também o meio no qual se encontra inserida. Em sua própria trajetória ela passa por momentos denominados de eventos críticos.
Entre estes podem ser citados:
a) o ajustamento do casal;
b) o nascimento de uma criança;
c) a escolaridade;
d) a adolescência;
e) a saída de filhos e filhas de casa;
f) a eventual separação do casal por divórcio;
g) o envelhecimento e a senilidade;
h) a morte de um familiar.
A vida em família é um processo de constantes rupturas, perdas e ganhos, apegos e desapegos, construção e reconstrução da trajetória de uma existência compartilhada, a família está sendo desafiada para viver as funções básicas da vida comunitária entre si, crescer e amadurecer espiritualmente, saber ouvir ,bem como apoiar-se, ajudar-se, aconselhar-se e buscar perdão. Por outro lado, a família está sendo convidada para ouvir, aprender, ser ajudada, engajar-se solidariamente e celebrar em conjunto na comunhão com outras pessoas.

9 comentários:

Marcia Oliveira Torres disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Amanda Souza disse...

Muito bom :D

patricia disse...

gostei tanto que fiz um trabalho sobre isso

Brayan disse...

Muito bom gostei de mais

obrigado pra quem postou

Anônimo disse...

bom!!!

Joelma Rubilar disse...

De muito agrado que li este texto sobre INSTITUIÇÃO FAMILIAR e adorei, muito bom. *--*

Anônimo disse...

gostei tanto q vou soltar um barro agoraa.............

savu.u do mim disse...

gosteii tantoo q eu.u atee pegueii umaa colaa pra fazer umaa redação d sociologiaa............rsrs...eu sou foda nerh.............. ;D

Thays disse...

Ideias completas e claras, muito bem escrito.